Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 11, em baixa, em um movimento de realização de lucros após nove sessões consecutivas de ganhos. A desaceleração da economia global voltou a ter impacto nos preços do óleo, mas de forma pontual à medida que os agentes monitoram possíveis novos encontros entre autoridades americanas e chinesas para discutir as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em fevereiro fechou em queda de 1,90%, cotado a US$ 51,59 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para março cedeu 1,95%, para US$ 60,48. Na semana, porém, o WTI mostrou avanço de 7,57%, enquanto o Brent subiu 5,99%.

Os preços do petróleo fizeram uma pausa nesta sexta-feira após nove dias consecutivos de ganhos – um movimento que sugere realização de lucros. Questões como a desaceleração da economia global voltaram à tona ao mesmo tempo em que indicadores abaixo do esperado são divulgados na França, na Itália e na China. Mesmo assim, os agentes continuam ligeiramente otimistas devido a novos encontros entre autoridades chinesas e americanas, marcados para o fim do mês em Washington.

De acordo com o chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, Ole Hanson, as perspectivas de um acordo comercial sino-americano tem sustentado os preços do petróleo em alta. “Além disso, um dólar muito mais fraco e cortes da produção dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros grandes produtores apoiaram a atual mudança de sentimento”, disse. Tanto o Brent quanto o WTI subiram mais de 20% desde a mínima atingida no fim de 2018.

Dos EUA, também vieram boas notícias para os preços da commodity, depois que a Baker Hughes informou nova queda no número de poços e plataformas em atividade no país, para 873. De acordo com a distrital de Kansas City do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), US$ 63 é o preço médio do petróleo que as empresas de energia americanas dizem precisar antes de impulsionar substancialmente a exploração. O número foi divulgado na pesquisa mensal da unidade do banco central nesta sexta-feira. (Com informações da Dow Jones Newswires)