Os preços de petróleo operavam sem força, em baixa ligeira nesta quinta-feira, percorrendo trajetória de correção após ganhos acentuados que levaram as cotações aos níveis mais altos em quatro anos. O movimento ascendente foi apoiado por temores de uma escassez de oferta à medida que se aproxima a data para a reinstauração das sanções dos Estados Unidos contra a indústria petrolífera do Irã.

Às 8h10 (de Brasília), o barril do Brent para dezembro recuava 0,14%, a US$ 86,16, na Intercontinental Exchange, em Londres, enquanto o WTI para novembro cedia 0,09%, a US$ 76,34 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Investidores monitoram de perto a escala da queda das exportações iranianas, às vésperas do prazo de 4 de novembro para que as punições de Washington a Teerã voltem a vigorar. Analistas estimam que em torno de 1 milhão de barris por dia de vendas externas será perdido até o mês que vem, quase metade do que o país persa exportava em junho.

“Via de regra, se os estoques comerciais dos EUA estão subindo, os preços deveriam cair. Não foi assim desta vez, com a contagem regressiva para a segunda rodada de sanções contra o Irã”, disse o analista da PVM Tamas Varga.

Ontem, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA mostrou que as reservas do país cresceram cerca de 8 milhões de barris na semana passada, a maior alta do ano.

“Se um grande avanço nas reservas não empurra os preços para baixo, aí você tem de questionar o que vai”, comenta o analista-chefe de mercado da CMC Markets, Michael Hewson.

Participantes de mercado também monitoram a oferta expedida pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem elevado as entregas em meses recentes, mas não o suficiente para aliviar temores de escassez. (Dow Jones Newswires)