O petróleo opera em queda na manhã desta quarta-feira, após uma leitura negativa sobre a indústria da China gerar novas preocupações sobre o crescimento global e a demanda pela commodity.

Às 9h04 (de Brasília), o petróleo WTI para fevereiro recuava 1,34%, a US$ 44,80 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março caía 1,43%, a US$ 53,03 o barril, na ICE.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China de dezembro apontou para contração da atividade pela primeira vez desde maio de 2017, segundo a IHS Markit. Maior importadora de petróleo do mundo, a China tem sido um motor para o crescimento global nos últimos anos. Diretor de estratégia de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen afirma que os dados modestos da China contribuem para a cautela sobre a desaceleração da economia mundial, com efeitos negativos sobre a demanda por petróleo. “Isso gera preocupações sobre para onde irá a demanda em 2019”, comenta.

Já a corretora PCM Oil Associates acredita que os cortes liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) podem aliviar, mas não devem eliminar o desequilíbrio entre oferta e demanda no primeiro semestre de 2019. Com isso, deve haver avanço nos estoques globais nos próximos meses, quadro que não resultará em recuperação sustentada dos preços, prevê ela.