O petróleo é negociado em território positivo nesta sexta-feira, no fim de uma semana turbulenta, na qual o dólar mais fraco e declarações da Arábia Saudita de apoio a cortes na produção se contrapuseram à crescente produção da commodity nos Estados Unidos.

Às 10h24 (de Brasília), o petróleo WTI para abril subia 0,10%, a US$ 61,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril tinha alta de 0,25%, a US$ 64,49 o barril, na ICE.

O petróleo encontrou suporte mais cedo nesta semana após importantes produtores, como a Arábia Saudita, sinalizarem um compromisso com o acordo liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para conter a oferta global. Por outro lado, a produção crescente dos EUA impõe cautela. A Agência Internacional de Energia (AIE) disse que a produção americana pode atingir 11 milhões de barris por dia em 2019 e que a produção da Opep poderia aumentar a ultrapassar a demanda em 2018, o que prejudicaria o reequilíbrio do mercado visto ao longo do último ano.

Analistas observam com atenção o que ocorrerá para ver se o crescente apetite por petróleo absorverá a produção ou se haverá excesso de óleo nos mercados. Eles lembram que os problemas econômicos e sociais na Venezuela têm ajudado a Opep a garantir os limites à produção. Sanções americanas que poderiam ser impostas contra Caracas e seu setor de petróleo podem minar ainda mais essa produção. A S&P Global Platts estima que a Venezuela produziu 1,64 milhão de barris por dia no mês passado.

Diretora de estratégia em commodities da RBC Capital Markets, Helima Croft afirmou que os EUA usam o petróleo e a energia para “mudar a dinâmica política na Venezuela”. “Nós estamos tão focados no xisto que não vemos que outros produtores têm perdido fatia de mercado”, notou. Fonte: Dow Jones Newswires.