Os preços do petróleo operam em alta na manhã desta quarta-feira, com base na expectativa de que os Estados Unidos e a China tenham feito progresso rumo a resolver a sua disputa comercial, precipitando otimismo para a perspectiva macroeconômica global.

Às 9h04 (de Brasília), o barril do Brent para março subia 1,92%, a US$ 59,82, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, enquanto na New York Mercantile Exchange (Nymex) o WTI avançava 2,01%, a US$ 50,78 o barril.

Os mercados globais estendem seus ganhos hoje, com Washington e Pequim concluindo o terceiro dia de negociações na capital chinesa e investidores esperançosos de que se está alcançando progresso. A disputa comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo chacoalhou a confiança na perspectiva para o crescimento da economia global, com um efeito dominó sobre a demanda por petróleo que empurrou mercados para baixo no fim do ano passado.

“A queda nos preços de petróleo no fim de 2018 foi impulsionada não apenas pelo excesso de oferta mas também pela onda vendedora nos mercados de ações”, diz o Commerzbank em sua nota diária. “Isso se deveu a temores de que o conflito comercial desacelerará o crescimento econômico nos EUA e na China, em última instância também obstruindo a demanda por petróleo nos dois maiores países consumidores.”

Além disso, ontem o Instituto de Petróleo Americano (API, na sigla em inglês) relatou que os estoques nos EUA caíram em 6,1 milhões de barris na semana passada, ainda que os de gasolina tenham crescido 5,5 milhões de barris. Às 13h30 de hoje, virão os dados oficiais do Departamento de Energia (DoE) do país. Analistas consultados pelo Wall Street Journal projetam que os estoques de petróleo recuem 1,8 milhão de barris, enquanto os de gasolina teriam aumentado em 2,2 milhões de barris.