Os contratos futuros de petróleo operam em alta na manhã desta terça-feira, com investidores avaliando o risco político e após declarações do governo da Arábia Saudita. Por outro lado, continua a haver atenção ao panorama para as exportações da commodity dos Estados Unidos.

Às 8h37 (de Brasília), o petróleo WTI para dezembro subia 0,67%, a US$ 52,25 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro tinha alta de 0,66%, a US$ 57,75 o barril, na ICE.

O mercado “está um pouco preocupado com questões geopolíticas, mas há também muito petróleo vindo dos EUA, o que coloca certa pressão de baixa sobre os preços”, afirmou Ehsan Ul-Haq, diretor para petróleo e refinados da Resource Economist.

Os preços têm sido apoiados nas últimas semanas pelo plebiscito no norte do Iraque, na região semiautônoma curda. Isso levou a confrontos com forças iraquianas para a retomada por Bagdá da área de Kirkuk, rica em petróleo, o que lançou dúvidas sobre a capacidade do Curdistão exportar petróleo e também sobre os investimentos de grandes companhias do setor.

Ao mesmo tempo, as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de desistir do acordo internacional com o Irã sobre o programa nuclear do país, fechado em 2015, também apoia os contratos. A decisão de Trump pode levar a novas sanções contra Teerã.

“Com riscos geopolíticos suficientes no horizonte, os preços podem encontrar um patamar de apoio”, afirmou Martijn Rats, analista do Morgan Stanley.

Ao mesmo tempo, a demanda em geral tem sido boa, especialmente na Ásia. Na Índia, ela atingiu nova máxima no mês passado, a 4,6 milhões de barris por dia. Analistas da JBC Energy preveem importações ainda maiores nos últimos meses do ano.

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, afirmou mais cedo que o acordo de corte na produção liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) “deu mais certo que o esperado”. Segundo ele, porém, os produtores ainda podem fazer mais. “Estamos determinados a fazer o que for preciso para equilibrar o mercado”, disse a autoridade. Fonte: Dow Jones Newswires.