O petróleo opera em alta na manhã desta segunda-feira, o que pode levar o Brent a fechar na máxima em quase quatro anos, após no fim de semana a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, como a Rússia, reafirmarem o compromisso de controlar a oferta.

Às 8h06 (de Brasília), o petróleo WTI para novembro subia 1,70%, a US$ 71,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançava 2,35%, a US$ 80,65 o barril, na ICE.

Analistas acreditam que a Opep terá dificuldades para compensar a produção menor do Irã e da Venezuela. Alguns agentes do mercado, contudo, alertam que a alta do Brent deixa os preços vulneráveis a uma repentina correção para baixo, diante das preocupações com o crescimento econômico global e do próprio desejo da Opep de manter o preço do barril abaixo de US$ 80.

No fim de semana, a Opep e seus aliados concordaram em reunião na Argélia em manter os patamares de produção. O grupo em geral concorda que os preços acima de US$ 80 poderiam prejudicar a demanda, mas não há consenso no cartel e entre seus aliados se eles deveriam conter os preços, assim que sanções dos EUA contra o setor de petróleo do Irã começarem a vigorar, em novembro. Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, pressionou a Opep para agir para abaixar os preços.

O UBS e outros analistas temem que possa haver impacto para a demanda, com um crescimento global menor, sobretudo na China. Hoje, porém, o petróleo é apoiado também para o dólar em geral mais fraco, o que deixa a commodity mais barata para os detentores de outras moedas. Fonte: Dow Jones Newswires.