Os contratos futuros de petróleo avançam na manhã desta sexta-feira, após a divulgação do relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), segundo o qual a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cumpre 90% de sua meta de corte na produção da commodity. Além disso, o mercado reagiu aos dados da balança comercial da China.

O petróleo WTI para março opera em alta de 1,02%, a US$ 53,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril avança 1,20%, a US$ 56,30 o barril, na plataforma Ice, em Londres, às 8h10 (de Brasília).

A AIE afirmou que os integrantes da Opep cumpriram o nível recorde de 90% do corte combinado em sua produção. Segundo a agência, a produção da Opep recuou 1 milhão de barris por dia na comparação mensal, para 32,06 milhões de barris por dia em janeiro. As nações envolvidas, porém, têm patamares diferentes de respeito ao acordo. A Arábia Saudita reduziu a produção até mais que o prometido, mas o Iraque cumpriu 53% e a Venezuela, apenas 18%. A Rússia, país de fora da Opep que também se comprometeu a reduzir sua produção, já cumpriu um terço do combinado, segundo a AIE.

Os números que constam do relatório animaram o mercado da commodity e fizeram os contratos firmarem altas maiores. Antes, os futuros de petróleo operavam em leve alta, após a China divulgar a balança comercial.

Em janeiro, tanto as exportações quanto as importações chinesas aumentaram bem acima do esperado. Além disso, as importações de petróleo bruto da China tiveram expansão anual de 28% no mês passado, a 34,03 milhões de toneladas, o segundo maior volume já registrado.

No câmbio, o dólar sobe ante o euro e o iene nesta manhã, embora sem um movimento acentuado. O dólar um pouco mais forte pode afetar um pouco a demanda pelo petróleo, já que nesse caso a commodity, cotada nessa moeda, se torna mais cara para os detentores de outras divisas. Por ora, porém, a reação positiva ao relatório da AIE predomina no mercado do petróleo.