Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta sexta, 11, mas encerraram a semana com perdas superiores a 6%, após uma sequência de sessões marcadas pela aversão ao risco, na esteira da indefinição a respeito do Brexit e do avanço dos estoques nos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo com entrega prevista para outubro encerrou em alta de 0,08 %, a US$ 37,33, mas teve recuo semanal de 6,13 de 6,13%. Já o do Brent para novembro recuou 0,57%, a US$ 39,83, cedendo 6,60% em relação à última sexta-feira.

Numa semana marcada pela cautela, com escalada das divergências entre União Europeia e Reino Unido, investidores fugiram de ativos de risco, como commodities. “No mercado de petróleo, acreditamos que qualquer recuperação no consumo será limitada este ano, enquanto temores de uma segunda onda de coronavírus pressiona o uso da commodity no setor de transportes”, avalia a Capital Economics.

Ontem, o Departamento de Energia (DoE) americano informou que os estoques de petróleo no país subiram 2,033 milhões de barris na semana passada, a 500,434 milhões de barris, surpreendendo analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que previam recuo de 1,2 milhão de barris. Já a Baker Hughes revelou hoje que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade caíram 1 na última semana e chegaram a 180.

Para semana que vem, o foco será no relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e em documento semelhante da Agência Internacional de Energia (AIE). “Na quinta, o comitê ministerial da Opep+ se reúne e isso deve jogar luz sobre a maneira como o cartel interpreta o recente movimento de vendas no mercado”, explica o ING.