Os contratos futuros de petróleo fecharam em direções mistas nesta segunda-feira, 20, em que o fator de maior impacto sobre os preços foi a expectativa de que o grupo formado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) com aliados, conhecido como Opep+, estenda a duração do seu acordo de cortes de produção para além de junho, que é o atual mês de expiração.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para entrega em junho fechou em alta de 0,54%, cotado a US$ 63,10. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para julho registrou recuo de 0,33%, para US$ 71,97.

Durante a madrugada desta segunda-feira, ambos os contratos mais líquidos do óleo bruto operavam em alta, reagindo às sinalizações por representantes dos países que integram o Opep+ de que renovariam o seu trato para respeitar cotas individuais máximas de produção, estendendo o entendimento segundo semestre adentro.

A Capital Economics adverte, contudo, a não dar a decisão de prolongar o entendimento como certa, uma vez que tensões geopolíticas emanadas dos Estados Unidos rumo ao Irã e à Venezuela aumenta a “complexidade enfrentada pela Opep ao fazer o seu próximo movimento”.

O economista assistente de commodities da consultoria britânica Kieran Clancy pondera que, “enquanto certamente é possível que os cortes sejam estendidos de alguma forma na próxima reunião da Opep, pensamos ser improvável que haja muita justificativa para manter a cota de produção total no nível atual”.