O petróleo fechou sem direção única nesta segunda-feira, 24, influenciado por tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã e, ao mesmo tempo, sem fôlego após os fortes ganhos da semana anterior. Investidores também operam de forma cautelosa à espera do encontro entre os líderes Donald Trump e Xi Jinping no G20, a partir do dia 28.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto avançou 0,82%, a US$ 57,90 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês recuou 0,52%, a US$ 64,86 o barril.

Com alta acumulada acima de 9% na semana anterior, analistas do Commerzbank destacam que o barril do WTI apresentou seu maior ganho semanal desde 2017, em meio às tensões entre EUA e Irã.

O país persa é acusado por Washington de ser responsável pelo ataque a dois navios petroleiros no Golfo de Omã, que deu início a uma escalada no atrito bilateral.

As tensões se elevaram ainda mais após o Irã derrubar um drone americano, que alega ter invadido seu espaço aéreo. Como retaliação à medida, Trump anunciou nesta segunda-feira sanções adicionais a Teerã, endereçadas a seu líder supremo, Ali Khamenei, e seu gabinete.

No radar dos investidores do mercado do óleo ainda permanecem as expectativas por novidades sobre a disputa comercial entre EUA e China, que podem ser divulgadas após a reunião dos líderes no G20.

Há, também, especulações sobre a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), adiada para 1º e 2 de julho, quando o cartel e os aliados podem ajustar as cotas de corte na produção.