Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, 27, pela quinta sessão consecutiva, pressionados por temores de queda na demanda da commodity em meio à disseminação do novo coronavírus.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para março caiu 1,94%, a US$ 53,14 o barril, o menor nível desde 16 de outubro de 2019, e o contrato do Brent para o mesmo mês recuou 2,26%, a US$ 59,32 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) corrigiu a classificação do risco global do coronavírus de “moderado” para “elevado”. O número de casos da doença na China já passa de 2.800 e há pelo menos 81 mortes.

“O sentimento de risco continua no mercado de energia, à medida que o coronavírus se espalha a um ritmo acelerado e novos casos são relatados fora da China”, avaliam Warren Patterson e Wenyu Yao, estrategistas de commodities do ING.

Na visão do analista de energia Carsten Fritsch, do Commerzbank, o coronavírus alimenta “temores de um resfriamento da demanda de petróleo, o que significaria que o mercado global de petróleo estaria com excesso de oferta se não forem tomadas outras medidas”.

A commodity energética, no entanto, reduziu levemente as perdas durante o pregão com relatos de queda na oferta de petróleo na Líbia e de possível ampliação nos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).