Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 31, último pregão de 2019, em meio à liquidez fraca no mercado antes do Ano Novo, mas obtiveram fortes ganhos no ano.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro caiu 1,0%, a US$ 61,06 o barril, mas registrou alta de 34,5% em 2019, maior avanço desde 2016. Já o Brent para março também recuou 1,0%, a US$ 66,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), mas teve ganhos de 23,9% no ano.

No último mês de 2019, o petróleo foi apoiado pelo anúncio do entendimento comercial preliminar entre os Estados Unidos e a China e pelo acordo alcançado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para cortes na produção da commodity em 2020.

Analistas do Commerzbank, Barbara Lambrecht e Carsten Fritsch lembram que o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo “teve um efeito de frenagem perceptível na demanda de petróleo ao longo do ano, assim como a desaceleração da economia global”.

Hoje, o presidente americano, Donald Trump, informou em sua conta oficial no Twitter que deve assinar a chamada “fase 1” do acordo comercial com os chineses no dia 15 de janeiro de 2020, em uma cerimônia na Casa Branca.

“Cortes mais profundos anunciados pela Opep+ em dezembro devem fazer um bom trabalho no apoio aos preços do petróleo em torno dos níveis atuais no primeiro trimestre de 2020”, avaliam Warren Patterson e Wenyu Yao, analistas do ING. No início do mês, o cartel decidiu ampliar seu corte de produção em 500 mil barris por dia até março do próximo ano e a Arábia Saudita afirmou que fará cortes acima de sua cota.

Na visão do ING, porém, “o grupo precisará tomar medidas para enfrentar o superávit de oferta” no segundo trimestre. O Commerzbank, por sua vez, prevê que a Opep continuará ajustando a oferta e “ao abrir mão de sua própria participação no mercado, conseguirá manter o preço do petróleo em seu nível atual”. (Com informações da Dow Jones Newswires)