Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sessão, com os investidores avaliando possíveis descompassos entre oferta e demanda, diante do avanço do coronavírus pelo mundo. A aprovação, ontem, pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de um projeto de lei que pode implicar os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na legislação antitruste americana também segue no radar do mercado.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para junho fechou em baixa de 2,11% (US$ 1,32), a US$ 62,35 o barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês recuou 1,88% (US$ 1,25), a US$ 65,32 o barril.

Hoje, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA informou que os estoques de petróleo no país subiram 594 mil barris, a 493,017 milhões de barris, na semana passada, contrariando a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que esperavam queda de 2,4 milhões de barris.

“Os preços do petróleo permaneceram praticamente inalterados em resposta ao relatório semanal do DoE, possivelmente porque a maior parte da atenção do mercado está focada no aumento dos casos de covid-19 na Ásia e na possibilidade de regulamentação antitruste”, disse a Capital Economics em relatório enviado a clientes.

Investidores agora aguardam notícias vindas da Opep+, depois de circular no mercado rumores de que o grupo poderá desistir de fazer a reunião ministerial prevista para dia 28 de abril, mantendo no calendário apenas o encontro do comitê de monitoramento (JMMC).

O avanço do coronavírus pelo mundo e a vacinação ainda incipiente na maior parte dos países tem alimentado questionamentos sobre o ritmo de recuperação da economia mundial, turvando as previsões de demanda de petróleo.