Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, com dúvidas envolvendo o acordo comercial entre os Estados Unidos e China. Investidores ainda repercutem a mais recente declaração do presidente americano, Donald Trump, que, na última sexta-feira, disse não concordar “ainda” com a retirada de tarifas impostas à China, ao contrário do que havia dito o governo chinês.

Outros fatores influenciaram o preço da commodity, como o mau humor no mercado de bolsas asiático diante de protestos violentos em Hong Kong e a informação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados devem manter os atuais cortes na produção até o fim de 2020, sem aprofundá-los.

O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,66%, a US$ 56,86 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro recuou 0,53%, a US$ 62,51 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

As declarações de Trump diminuíram as expectativas em torno de um acordo preliminar entre Washington e Pequim, o que conteve o apetite por risco nos mercados internacionais, como o de petróleo. Além disso, seguem no radar as suspeitas de que a falta de um entendimento entre as duas maiores economias do mundo possa pressionar a demanda pela commodity energética.

Na avaliação de analistas do Commerzbank, “as perdas (no petróleo) seguem motivos semelhantes para a alta da última sexta-feira, então espera-se que as negociações paralelas continuem por enquanto, com as manchetes sobre conflitos comerciais provavelmente ditando a direção (do valor do petróleo)”.

Vale ressaltar, no cenário internacional, que vários países estão se preparando para a próxima reunião da Opep em 5 e 6 de dezembro. O ministro do Petróleo de Omã, Mohammed Al Rumhi, afirmou que não vê necessidade de cortes mais pronunciados produção de petróleo combinada até o fim de 2020, o que colaborou para pressionar os contratos.