Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 30, interrompendo quatro dias de altas consecutivas. Às vésperas do feriado de ano novo, a baixa liquidez no mercado ajudou a derrubar os preços, além das expectativas em torno do crescimento da oferta diante da demanda pela commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 0,06%, valendo US$ 61,68 o barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março teve recuo de 0,30%, a US$ 66,67 o barril.

Pela manhã (em Brasília), os contratos futuros de petróleo subiam após o ataque americano a um grupo xiita apoiado pelo Irã no Iraque e na Síria. O Iraque alertou para uma possível resposta. Tensões na região podem influenciar a oferta e também os preços da commodity.

Esteve no radar dos investidores as sinalizações de que os Estados Unidos e a China podem assinar o acordo comercial “fase 1” na próxima semana. A publicação chinesa South China Morning Post informou, com base em fontes, que o vice-premiê da Liu He teria aceitado um convite dos americanos para liderar uma delegação aos EUA no próximo sábado. Mais tarde o assessor especial da Casa Branca, Peter Navarro, disse à rede Fox News que o pacto pode ser assinado na próxima semana.

Diante da baixa liquidez no mercado, no entanto, os preços do petróleo foram caindo ao longo do dia, ficando em território negativo bem próximo ao fechamento. De acordo com análise do Commerzbank, em princípio, o cenário para o petróleo permanece o mesmo em todos os mercados de energia: crescimento moderado da demanda e oferta abundante. “O cartel da Opep+ manterá sua produção apertada para o próximo ano. Como esse é o ‘novo normal’, o preço da commodity provavelmente será capaz de manter seu nível de US$ 60 por barril”, avalia a instituição.