O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira, 30, com a valorização do dólar pesando sobre os contratos futuros da commodity energética. Negociado em dólar, o petróleo fica mais caro e, portanto, menos atraente com o avanço da divisa americana. A sessão também foi marcada pela tomada de lucros e ajustes de carteira, no último pregão de abril e seguindo ganhos recentes do óleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho caiu 2,20% (US$ 1,43), a US$ 63,58, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve queda de 1,90% (US$ 1,29), aos US$ 66,76, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, entretanto, o barril do WTI para junho avançou 2,32% e o do Brent para julho subiu 1,99%.

A queda do petróleo hoje, provocada em grande parte pela redução de riscos e realização de lucros por investidores, é apenas um “movimento normal e não deve iniciar uma tendência de baixa”, segundo comenta o chefe da divisão de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen, em relatório enviado a clientes.

Ao contrário, o petróleo deve se fortalecer no decorrer dos próximos meses, diante de um impulso massivo na demanda pela commodity, principalmente vindo dos Estados Unidos e da China, os dois principais compradores mundiais de petróleo, diz Tonhaugen. O movimento provocado pelas duas maiores economias mundiais, projeta o analista, deve superar o aumento gradual de oferta planejado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a demanda mais fraca da Índia, que sofre com um forte recrudescimento da epidemia local de covid-19.

Pesquisa da Reuters mostra que o Irã elevou sua produção de petróleo, contrariando o acordo de cortes involuntários de oferta entre os membros da Opep.

Já Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor, informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos caíram 1 na semana, a 342.