Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve queda, nesta quarta-feira, 18, após atingirem os maiores níveis desde setembro no dia anterior. Os investidores focaram nos números do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês), mostrando queda nos estoques de petróleo do país, no entanto, abaixo da previsão dos analistas. Ainda havia certo otimismo em torno do acordo comercial preliminar EUA-China, que deve ser assinado em janeiro. No entanto, faltam detalhes sobre o pacto e pairam no ar algumas incertezas.

O petróleo WTI para fevereiro recuou 0,03%, a US$ 60,85 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro fechou em queda de 0,11%, a US$ 66,17 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os preços reagiram às informações do DoE, mostrando que os estoques de petróleo nos EUA caíram 1,085 milhão de barris, na semana encerrada em 13 de dezembro, quando a previsão de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal era de uma queda maior, de 2,0 milhões de barris.

No mesmo período, os estoques americanos de gasolina avançaram 2,529 milhões de barris, superando previsão de alta de 1,9 milhão de barris, e os estoques de destilados avançaram 1,509 milhão de barris, quando analistas projetavam estabilidade.

No cenário comercial global, o andamento do acordo sino-americano que, na semana passada, foi pactuado entre as maiores potências mundiais ainda tem sustentado o apetite por risco. Mas investidores estão ansiosos pelos detalhes do acordo e a falta de notícias sobre o assunto nesta quarta conteve o otimismo dos investidores.

Relatório do Commerzbank aponta que, apesar do acordo EUA-China influenciar a alta nos preços do petróleo, um excesso de oferta da commodity frente a uma diminuição da demanda impacta preços e preocupa.

“Em nossa opinião, o aumento mais recente do preço do petróleo provavelmente será corrigido, se observarmos a demanda. As preocupações a esse respeito ainda são justificadas, apesar do “acordo da Fase 1″ entre a China e os EUA. Por exemplo, grandes reduções nas importações de todas as fontes de energia em novembro foram relatadas pelo Japão, um dos maiores importadores de energia do mundo”, diz o banco alemão.