Os contratos futuros de petróleo fecharam com alta marginal em Nova York nesta sexta-feira, 17, após registrarem queda na maior parte do dia, com investidores pesando a alta dos estoques norte-americanos com os cortes de produção de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Nesse ambiente, os contratos tiveram a primeira queda semanal em três semanas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para abril fechou em alta de US$ 0,03 (0,05%), a US$ 53,75 por barril. Mas, na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês encerrou em baixa de 0,16 (0,28%), a US$ 55,81 por barril. Na semana, o perda acumulada foi de, respectivamente, 0,20% e 1,56%.

Neste pregão, os preços foram pressionados pela alta recorde dos estoques norte-americanos, especialmente os de gasolina. A fraca demanda sazonal no país, combinada com a alta atividade nas refinarias, tem trazido grandes altas aos estoques, segundo a o Departamento de Energia (DoE). Na semana passada, os estoques de gasolina chegaram a 259 milhões de barris, o nível mais alto desde 1990. Os de petróleo bruto tocaram 518 milhões de barris, patamar não visto desde 1982.

“O principal é a superoferta de gasolina, que está pressionando os preços”, afirmou Mark Waggoner, presidente da corretora Excel Futures.

Operadores aguardam efeitos mais expressivos do acordo de cortes de produção da Opep com não membros, que prometeu retirar 1,8 milhão de barris por dia do mercado, acelerando assim o reequilíbrio entre oferta e demanda.

Alguns operadores de mercado, no entanto, se preocupam com o ritmo de expansão da produção em nações que ficaram isentas pelo acordo, como a Nigéria e a Líbia.

“A Opep realmente precisa se preocupar com o avanço da produção líbia”, afirmou Kyle Cooper, da consultoria Ion Energy Group in Houston. “Este é um grande dilema”. Fonte: Dow Jones Newswires