Após um pregão volátil, os contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta, com os investidores à espera de uma reunião amanhã do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC, na sigla em inglês) da Opep+ que pode levar a uma redução nos cortes de produção do grupo. O avanço da covid-19 nos Estados Unidos e as tensões entre Washington e Pequim também continuam no radar.

O petróleo WTI para agosto subiu 0,47% (US$ 0,19), a US$ 40,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro avançou 0,42% (US$ 0,18), a US$ 42,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A notícia de que a Opep+ cumpriu o acordo de corte da produção em junho em um volume acima do esperado gerou otimismo no mercado da commodity energética, mas sem grande impulso nos preços. Antes disso, o petróleo ampliava as perdas de ontem, após a Opep prever que a demanda do óleo em 2021 ainda estará abaixo do nível pré-crise.

Incertezas sobre o retorno da demanda, com o aumento de novos casos de coronavírus nos EUA e restrições impostas por Estados como a Califórnia, também pesavam nos contratos da commodities, que ainda eram pressionados pelas tensões sino-americanas. Hoje, Pequim anunciou que irá impor sanções à empresa americana aeroespacial Lockheed Martin. Já o governo britânico decidiu impedir que empresas de telecomunicações comprem novos equipamentos 5G fabricados pela chinesa Huawei, após pressão dos EUA.

“O sentimento no mercado de petróleo continua a flutuar entre o alívio com a boa disciplina de produção demonstrada pela Opep+ e o medo das consequências do coronavírus para a demanda”, resumiu o analista de commodities Eugen Weinberg, do Commerzbank.

Logo mais, às 17h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute (API) divulga as estimativas para os estoques de petróleo nos EUA na semana passada.