Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve alta nesta quinta-feira, 13, respondendo ao relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre o mercado de petróleo, que afirma que o mercado da commodity está perto do equilíbrio.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 0,13%, a US$ 53,18 por barril. Já o petróleo tipo Brent avançou 0,05%, a US$ 55,89 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os investidores se concentraram na perspectiva de que o aumento da produção de petróleo pelos Estados Unidos irá minar os cortes promovidos por membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e por outros grandes produtores. Na quarta-feira, o Departamento de Energia (DoE) americano informou que os produtores americanos aumentaram a produção para o maior patamar em 15 meses na semana passada, fazendo com que os preços caíssem e encerrassem uma série de seis sessões consecutivas de ganhos.

Nesta quinta, os preços avançaram após a AIE afirmar que o mercado de petróleo está “muito próximo do equilíbrio”. No entanto, a agência reduziu sua previsão de crescimento da demanda neste ano para 1,3 milhão de barris por dia, ressaltando ainda que essa perspectiva pode ser “otimista”. Analistas alertaram que os movimentos de preços nesta quinta-feira estavam bastante afetados por fatores técnicos, já que nesta sexta-feira o petróleo não será comercializado devido ao feriado.

“Há uma tendência para os investidores hesitarem um pouco em relação ao petróleo devido ao fim de semana prolongado, além da erupção de questões geopolíticas, que criou incertezas no momento”, disseram analistas da TAC Energy.

As expectativas de que a Opep irá concordar com uma extensão nos cortes de sua produção para além de junho também continuam no radar dos investidores, segundo alguns analistas. Desde o fim do ano passado, o petróleo ganhou força após o cartel e outros grandes produtores terem concordado em reduzir a oferta da commodity em cerca de 1,8 milhão de barris por dia.

Na quarta-feira, o cartel divulgou dados que mostram que a produção recuou ainda mais em março, com um corte maior do que o prometido por alguns por parte de alguns países. O relatório mensal da Opep também ressaltou a preocupação com o aumento da produção de xisto nos EUA. Ainda não está certo se a Rússia irá participar do novo acordo. “Ainda acreditamos que é muito improvável que a Rússia assine qualquer corte além da metade do ano”, disse o Commerzbank. Fonte: Dow Jones Newswires.