O petróleo fechou em forte queda nesta terça-feira, 23, com os dois contratos futuros registrando a maior perda porcentual diária desde 11 de julho, diante de sinalizações de que a Arábia Saudita deve aumentar sua produção da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro encerrou o dia em queda de 4,22%, cotado a US$ 66,43 por barril, no menor valor desde 27 de agosto. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês caiu 4,24%, para US$ 76,44, preço mais baixo desde 21 de agosto.

Os contratos futuros de petróleo operaram em território negativo desde a manhã, em meio a uma nova rodada de aversão a risco que derrubou as bolsas asiáticas e europeias, que ganhou mais fôlego após a Comissão Europeia rejeitar o orçamento italiano para ano fiscal de 2019 e pedir uma revisão de Roma.

Eles perderam mais força, no entanto, em meio às declarações do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados vão “atender a qualquer demanda que se materialize”, sugerindo que o cartel deve aumentar sua produção da commodity.

Investidores aguardam ainda, nesta tarde, a divulgação das estimativas para os estoques de petróleo nos Estados Unidos na última semana do American Petroleum Institute (API), cuja previsão é de alta de 2,3 milhões de barris.