Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta quarta-feira, 29, com o otimismo por avanços nas pesquisas para o tratamento do coronavírus ofuscando dados sobre o aumento dos estoques da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho avançou 22,04%, a US$ 15,06. Já o Brent para julho ganhou 6,55%, a US$ 24,23, na Intercontinental Exchange (ICE).

Ontem, o Instituto de Petróleo Americano (API, na sigla em inglês) informou que os estoques avançaram 10 milhões de barris na semana passada, menos que a expectativa de analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, que esperavam alta de 11 milhões.

Já o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgou hoje que os estoques subiram 8,991 milhões, também abaixo do consenso no mercado. “Por conta das questões de armazenamento em Cushing, principal centro de estoque e entrega do WTI, a volatilidade para o preço do WTI deve permanecer alta”, acredita o Commerzbank.

Apesar disso, as cotações acompanharam o cenário de menor aversão ao risco hoje, com a notícia de que o antiviral remdesivir, da Gilead Sciences, demonstrou resultados positivos em pacientes com casos severos de coronavírus.

De acordo com o analista Edward Moya, da corretora Onda, o movimento ascendente também pode ser atribuído às perspectivas para os cortes na produção, que entram em vigor no início de maio. “Problemas na capacidade global de armazenamento estão forçando os grandes produtores, Rússia e Arábia Saudita, a reduzirem produção mais cedo e mais profundamente”, analisa. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)