Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta de cerca de 2% nesta sexta-feira, 27, e acumularam na semana avanço 10%. O desempenho positivo fez com que a commodity mais do que recuperasse as perdas da semana anterior, reflexo da escassez de oferta nos EUA, por conta de um furacão, e de cortes na produção no México após um incêndio em plataforma da Pemex.

O maior apetite por risco nos mercados internacionais e o enfraquecimento do dólar ante rivais, em dia de Simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), também impulsionaram a alta.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de WTI com entrega prevista para outubro fechou em alta diária de 1,96% (US$ 1,32), a US$ 68,74, e semanal de 10,62%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril de Brent para novembro teve alta de 2,16% (US$ 1,52), a US$ 71,70. Na semana, o ativo mais líquido avançou 10,0%.

De acordo com o Commerzbank, esta é a semana com mais ganhos para o petróleo nos últimos 14 meses. O analista Carsten Fritsch observa que menores preocupações com a demanda no início da semana já ajudaram o fortalecimento dos preços, enquanto as interrupções no fornecimento do México contribuíram no meio da semana.

Nesta sexta, operadores também acompanharam as notícias de que a tempestade tropical Ida se transformou em um furacão e se encaminha para a Costa do Golfo dos EUA. Petroleiras da região já começaram a evacuar suas plataformas de petróleo e suspender sua produção.

Em dia de Jackson Hole, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a possibilidade de que o “tapering” inicie neste ano estimulou o apetite por risco dos mercados internacionais. O dólar, considerado porto seguro dos investidores, caiu ante rivais, o que torna o preço das commodities mais barato para detentores de outras moedas.

Nos Estados Unidos, número de poços e plataformas de petróleo em atividade avançou cinco na semana, a 410, informou a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor