Os contratos futuros do petróleo fecharam o pregão desta sexta-feira, 7, em baixa, com o aumento da tensão entre os Estados Unidos e a China após o presidente americano, Donald Trump, assinar um decreto para banir dois aplicativos chineses em 45 dias.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para setembro recuou 1,74%, a US$ 41,22 o barril, mas registrou ganho semanal de 2,36%. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro caiu 1,53%, a US$ 44,40 o barril, mas subiu 2,02% na semana.

“O mercado de petróleo está alternando entre luz e sombra quase diariamente no momento”, comenta o chefe de Pesquisa em Commodities do Commerzbank, Eugen Weinberg. “O sentimento tornou-se mais sombrio em vista das tensões entre a China e os EUA, colocando pressão de venda sobre os preços do petróleo novamente”, acrescenta o profissional do banco alemão.

Trump deu um prazo de 45 dias para que os aplicativos chineses TikTok e WeChat sejam comprados nos EUA por alguma empresa americana. Além disso, a Casa Branca decidiu impor sanções contra a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e outras autoridades da China em reação à nova lei de segurança nacional imposta pelo país asiático ao território.

Para o analista Craig Erlam, da Oanda, há “pouco ímpeto” para a alta do petróleo. “Mas isso, por si só, não significa que veremos uma correção ampla”, afirma.

Durante o pregão, o petróleo até chegou a reduzir perdas, após o Departamento do Trabalho americano informar que os Estados Unidos criaram 1,763 milhão de empregos em julho. O resultado ficou acima da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam a criação de 1,5 milhão de vagas de trabalho.

Nas notícias do setor, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA recuou quatro na semana, a 176, no menor nível desde julho de 2005.

*Com informações da Dow Jones Newswires