Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda, 7, seguindo a preocupação com o avanço da covid-19 e suas imposições, que atrapalham uma retomada na economia mundial. Além disso, o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre seus cortes na produção, realizado na última semana, segue repercutindo nos mercados, com especulações sobre seu cumprimento.

O petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 1,08%, em US$ 45,76 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro recuou 0,93%, a US$ 48,79 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O aumento de casos de covid-19 segue preocupando pelo mundo, atrapalhando a recuperação na demanda. Hoje, nos Estados Unidos, foi manifestada a preocupação de que o Natal seja um problema maior para a transmissão do vírus do que foi o feriado de Ação de Graças.

Na Europa, a região da Baviera, na Alemanha, determinou um novo lockdown. O Fórum Econômico Mundial, tradicionalmente realizado em Davos, na Suíça, anunciou hoje que a edição de 2021 será sediada em Cingapura, em virtude do estágio da covid-19 na Europa.

Pelo lado da oferta, a Opep+ deve realizar sua próxima reunião para definir a política comum para a commodity em 4 de janeiro, segundo a Reuters, enquanto o mercado especula sobre as ações da aliança. A produção da Opep+ deverá crescer, porém abaixo do limite produtivo anunciado, de aumento de 500 mil barris por dia a partir de janeiro de 2021, avalia a Capital Economics, em relatório a seus clientes.

Como a produção do grupo no primeiro trimestre de 2021 será menor do que a meta original, os preços deverão se manter estáveis no futuro próximo, projeta a consultoria.

O Commerzbank demonstra ceticismo com o acerto, e afirma: “Acreditamos que o acordo será difícil de implementar”. E aponta para a possibilidade de alguns membros tentarem “trapacear”. A Rússia, de acordo com o banco alemão, já vem produzindo mais petróleo do que o acordado para janeiro.