Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 14, após relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) que reduziu sua projeção para a queda na demanda em 2020, além do recuo na produção. Outros dados da produção americana, que pela primeira vez desde meados de janeiro mostraram queda nos estoques da commodity, ajudaram a impulsionar os preços.

O petróleo WTI para julho fechou em forte alta 8,57%, a US$ 27,88 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 6,65%, a US$ 31,13 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O pessimismo traçado para a economia americana pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano,) Jerome Powell, foi deixado em segundo plano nesta quinta, com avaliação mais detalhada de relatórios sobre a demanda e a oferta de petróleo em meio à pandemia.

A AIE previu que o fornecimento global de petróleo deverá cair “espetaculares” 12 milhões de barris por dia (bpd) em maio por causa da pandemia de coronavírus.

A agência também reduziu nesta quinta a sua previsão de queda na demanda por petróleo neste ano, alimentando esperanças do mercado com a volta do consumo na reabertura dos negócios.

Para Eugen Weiberg, analista do Commerzbank, as notícias desta quinta, somadas ao último relatório do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgado na quarta-feira, mostrando queda significativa nos estoques americanos, explicam a elevação dos preços.