Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta terça-feira, 11, em alta, em um dia marcado por alívio parcial nos mercados internacionais com o surto de coronavírus. Existe a percepção de que a doença está se disseminando em ritmo mais lento, o que forneceu apetite por risco a investidores.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 0,75%, a US$ 49,94 o barril, ainda sem recuperar o nível dos US$ 50, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o contrato do Brent para abril encerrou a sessão com ganho de 1,39%, a US$ 54,01 o barril.

A percepção de que o ritmo de disseminação do coronavírus desacelerou ofereceu apetite por risco para investidores nesta segunda-feira, o que deu suporte a contratos de commodities, como o petróleo.

Houve fortalecimento dos ganhos, ainda, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmar em coletiva de imprensa que uma nova vacina para o coronavírus pode estar pronta em 18 meses. Não há, contudo, alívio pleno com a epidemia, na medida em que o número de casos e de mortos segue crescendo.

Pelo lado cambial, o dólar fraco também ajudou nas cotações, na medida em que o produto se torna mais barato para detentores de outras divisas.

Para analistas da Capital Economics, a demanda por petróleo deve se recuperar após o primeiro trimestre, período em que estará pressionada pelos efeitos do coronavírus. “Isso, em conjunto com o fraco crescimento da oferta, levará a um déficit de mercado no restante deste ano”, defende a instituição.

Ainda no noticiário do setor, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos estimou, em relatório, que o barril do petróleo WTI deve ser cotado, em média, a US$ 55,71 em 2020 e a US$ 62,03 em 2021. Para o Brent, a expectativa média é de US$ 61,25 por barril neste ano e US$ 67,53 por barril no seguinte.