Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 19, e se mantiveram nos maiores níveis desde setembro, com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China no radar, após a confirmação do acordo preliminar.

O petróleo WTI para fevereiro avançou 0,54%, a US$ 61,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro subiu 0,56%, a US$ 66,54 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, reforçou hoje à CNBC que a assinatura do acordo sino-americano deve ocorrer em janeiro de 2020. Segundo a Bloomberg, no entanto, o Ministério do Comércio chinês se absteve de confirmar esse cronograma. Ontem à noite, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Larry Kudlow, afirmou à Fox Business que haverá “retorno de tarifas” se o país asiático não cumprir as regras do acordo.

Hoje, Pequim anunciou que vai isentar, a partir de 26 de dezembro, seis produtos químicos americanos de uma segunda rodada de tarifas adicionais. “As concessões tarifárias chinesas em seis produtos petrolíferos dos EUA aumentam a confiança comercial, embora as concessões anunciadas não sejam substanciais”, analisa Manish Raj, diretor financeiro da Velandera Energy.

No entanto, o chefe de pesquisa em commodity do Commerzbank, Eugen Weinberg, avalia que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terá mais dificuldades para controlar os preços do petróleo no ano que vem, “já que o cartel enfrentará no futuro uma maior concorrência dos EUA – que é o maior consumidor de petróleo do mundo – como exportador”.

*Com informações da Dow Jones Newswires