Nesta segunda-feira, 3, os contratos futuros de petróleo fecharam em alta de mais de 1%, acompanhando o cenário de apetite por risco nos mercados globais, após indicadores macroeconômicos apontarem para a recuperação de algumas das principais economias do mundo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de petróleo tipo WTI com entrega para setembro encerrou em alta de 1,83%, a US$ 41,01. Já o Brent para outubro avançou 1,44%, a US% 44,15 na Intercontinental Exchange (ICE).

As cotações foram sustentadas pela avaliação de que a retomada da atividade econômica, sobretudo na indústria, deve beneficiar a demanda por commodities. O IHS Markit informou hoje que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro subiu de 47,4 em junho para 51,1 em julho. No Reino Unido, a alta foi a 53,3, enquanto nos EUA, o mesmo dado saltou a 50,9. A leitura do PMI acima de 50 sugere expansão da atividade.

“Os investidores estão voltando para uma visão mais otimista da economia global e a nova alta do petróleo é uma prova disso”, diz o analista Chris Beauchamp, da corretora americana IG. “A commodity teve dificuldades no final da semana passada com algumas perdas acentuadas, mas se os dados econômicos continuarem apontando para uma recuperação contínua, então o lado da demanda deve pesar a favor”, acrescentou.

O Commerzbank pondera que, com o fim gradual do acordo de cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), questão relacionadas ao excesso de oferta poderão voltar a ficar no radar. “Qualquer aumento muito grande na produção da Opep+ poderia pesar sobre os preços no futuro próximo”, prevê. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)