Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos nesta segunda-feira, 24, apoiados por tempestades no Golfo do México, que atrapalham a produção local. Além disso, houve apoio à tomada de risco nos mercados em geral com a notícia de que o governo dos Estados Unidos pode atuar de maneira mais decidida na busca por uma vacina contra a covid-19.

O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 0,66%, a US$ 42,62 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,76%, a US$ 45,13 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Companhias do setor paralisaram 58% da produção de petróleo offshore no Golfo do México e reforçam a segurança em refinarias e usinas petroquímicas, enquanto as tempestades tropicais Marco e Laura se encaminham para a Louisiana e o Texas. Segundo dados oficiais, a região pela qual devem passar os fenômenos climáticos é o coração do corredor de produção de combustíveis e químicos dos EUA, abrigando quase a metade da capacidade de refino nacional. Com isso, deixou-se de produzir quase 1 milhão de barris de petróleo por dia no Golfo, de acordo com o Bureau of Safety and Environmental Enforcement, ou cerca de 10% da produção de petróleo do país. Em relatório, a Sucden Financial comentava que a notícia apoiava os contratos hoje.

Além da oferta menor, influenciou o mercado hoje a notícia de que o governo do presidente Donald Trump pode tentar acelerar o processo na busca por uma vacina para a covid-19. A especulação surgiu a partir de reportagem do Financial Times e, embora negada pela companhia AstraZeneca, apoiou a tomada de risco nos mercados internacionais em geral.

Entre as notícias do setor, a Moody’s destacou em relatório que a pandemia provocou desestabilização nos padrões de consumo de energia. Para a agência, isso tende a aumentar a volatilidade nos preços do petróleo. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)