A retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China impulsionou os preços do petróleo, que fecharam em alta nesta quinta-feira, 16, depois de terem tocado os níveis mais baixos em meses no pregão da quarta-feira, 15. O avanço, no entanto, foi limitado, com as preocupações com mercados emergentes e a desaceleração da economia chinesa ainda no radar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em setembro fechou em alta de 0,69%, para US$ 65,46 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para outubro avançou 0,94%, para US$ 71,43.

O anúncio do Ministério do Comércio da China (Mofcom, na sigla em inglês) de um encontro entre autoridades de Washington e de Pequim no fim deste mês, confirmada pelo diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, trouxe uma trégua ao cenário de tensões comerciais ao redor do globo. O objetivo da reunião é retomar as negociações de um acordo entre os países.

Os ganhos do petróleo, no entanto, foram limitados, e os contratos futuros chegaram a oscilar durante o dia. “Os temores de uma crise nas economias emergentes e de uma desaceleração na China provocaram ondas de choque nos mercados financeiros”, disse o analista de pesquisa de commodities da Julius Baer, Carsten Menke.

Os preços da commodity foram fortemente pressionados durante a semana diante da crise financeira na Turquia. Nesta quinta, o ministro das Finanças turco, Berat Albayrak, afirmou que os bancos turcos são “saudáveis e fortes” e se comprometeu a resolver os problemas econômicos que enfrenta o país.

Ao mesmo tempo, agentes continuam a monitorar sinais de que a economia chinesa pode desacelerar, à medida que a atividade no país tem apresentado um desempenho pior do que o esperado.

Nesta semana, por exemplo, dados da produção industrial na potência asiática, na leitura do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês) do país, mostraram avanço de 6% na comparação anual de julho, frustrando analistas que previam ganho maior, de 6,4%. (Com informações da Dow Jones Newswires)