Os contratos futuros de petróleo registraram alta nesta segunda-feira, 20, marcada pelo feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, que resultou em um baixo volume de negócios. Dados que mostram um declínio nas exportações de petróleo da Arábia Saudita ajudaram a impulsionar os preços da commodity, após mais um aumento na quantidade de poços e plataformas em atividade nos Estados Unidos, relatado pela Baker Hughes na sexta-feira passada.

Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o petróleo tipo Brent fechou em alta de 0,66%, a US$ 56,18 por barril. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI avançava 0,39%, a US$ 53,78 por barril, no pregão eletrônico durante a tarde.

Dados da Joint Oil Data Initiative, divulgados nesta segunda-feira, mostraram que a Arábia Saudita exportou 8,01 milhões de barris de petróleo por dia em dezembro, resultando em 244 mil barris por dia a menos do que em novembro, que foi um mês recorde, disseram analistas do Commerzbank em nota a clientes. “Antes dos cortes de produção acordados, a Arábia Saudita optou por não reduzir a sua produção, como normalmente teria que fazer”, afirmou o Commerzbank.

Enquanto os cortes globais de grandes produtores apoiam os preços do petróleo, o mercado continua atento a sinais de aumento da produção nos EUA. O petróleo ficou pressionado durante o fim de semana, após dados da Baker Hughes indicarem que o número de poços e plataformas da commodity aumentaram seis na última semana nos EUA, para 597. A contagem é a maior desde outubro de 2015, segundo a companhia.

O Goldman Sachs também falou sobre a produção de petróleo em território americano e disse que a atual contagem de plataformas sugere que a produção dos EUA poderá aumentar em 130 mil barris por dia em 2017. O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os EUA produziram 8,9 milhões de barris por dia no ano passado e que o volume deverá crescer para 9 milhões de barris por dia este ano.

Embora a atual taxa de crescimento da produção dos EUA ainda não seja rápida o suficiente para anular a iniciativa liderada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), de reduzir a oferta da commodity, a preocupação é sobre o que acontecerá se o grupo não renovar seu acordo após junho, disse Vivek Dhar, estrategista de commodities da Commonwealth Bank of Austrália.

“Estamos todos observando se o aumento da oferta dos EUA vai levar os preços do petróleo de volta à faixa entre US$ 40 e US$ 50 na segunda metade deste ano”, afirmou.

Já analistas da Platts Oil Forum, em Londres, disseram nesta segunda que esperam que os preços do petróleo Brent sejam negociados entre US$ 55 e US$ 65 por barril em fevereiro de 2018. Com informações da Dow Jones Newswires