Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos nesta terça-feira, 16. Investidores monitoraram notícias do setor, entre elas os desdobramentos de uma nevasca que atinge o Texas, Estado importante para a produção da commodity nos Estados Unidos.

O petróleo WTI para março fechou em alta de 0,98%, em US$ 60,05 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril subiu 0,08%, a US$ 63,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O contrato do WTI ficou assim acima da marca de US$ 60 o barril, apoiado pelos impactos do clima nos EUA. Um tornado deixou ao menos três mortes na Carolina do Norte, em uma das consequências do rigoroso inverno local. No Texas, milhões de pessoas seguiam sem energia elétrica nesta terça-feira, em meio a temperaturas muito baixas.

A Sucden Financial afirma em relatório que os contratos estavam próximos de máximas em 13 meses, com dúvidas sobre a oferta. Analistas tentavam calcular quanto de petróleo e gás deixaria de ser produzido, diante do problema climático. A Bloomberg estimava, no caso do óleo, que 1 milhão de barris deixariam de ser fabricados com isso.

A alta nos preços, porém, também provoca a expectativa de potenciais ajustes na oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Segundo fontes citadas pela Reuters, o grupo pode aliviar as atuais restrições à oferta, com o avanço recente dos contratos.

O caso do Irã também segue em foco, já que o país é importante produtor de petróleo, membro da Opep. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que Teerã pretende passar a restringir o monitoramento em locais não declarados pelo próprio país, a menos que os EUA recuem de suas sanções. Ontem, o Irã criticou os EUA por apreenderem um petroleiro, dizendo que a embarcação era do setor privado e que o comportamento americano equivalia a um “ato de pirataria”.