Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 25, apesar dos temores de paralisação da retomada dos negócios nos Estados Unidos, ameaçada pela segunda onda de covid-19. A recuperação dos preços hoje, após o tombo da commodity na sessão anterior, foi impulsionada por indicadores positivos da economia americana, como as encomendas de bens duráveis – que superaram a previsão – e a terceira leitura do PIB do primeiro trimestre, em linha com o esperado.

O barril do petróleo WTI para agosto fechou em alta de 1,87%, a US$ 38,72, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para o mesmo mês avançou 1,84%, a US$ 41,05 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos futuros do petróleo operavam em baixa na madrugada de hoje (em Brasília), ampliando robustas perdas da sessão anterior, motivadas por notícias sobre o aumento dos estoques. No entanto, o cenário se inverteu, após uma série de dados positivos da economia dos EUA impulsionar otimismo sobre a demanda futura.

Segundo o Commerzbank “o mercado de petróleo tem sido bastante seletivo em sua percepção nas últimas semanas”, optando por se concentrar apenas em notícias que apoiam os preços. “O maior risco continua a ser a recuperação da demanda, que agora está pendente na balança após um forte aumento nos novos casos do Covid-19”, afirma o analista Eugen Weinberg.

Para o economista do banco alemão, as novas restrições de negócios, impostas em Estados americanos afetados pelo crescente número de infecções, “podem travar qualquer recuperação adicional da demanda por gasolina”.

Já o banco suíço Julius Baer defende uma visão mais positiva, afirmando que os preços do petróleo devem subir ainda mais no longo prazo, “já que a demanda crescente e a oferta restrita devem, em breve, levar a um equilíbrio”.