Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, nesta quinta-feira, 2, na esteira do otimismo com os dados de emprego dos Estados Unidos, com queda nos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada e aumento de vagas acima do previsto em junho. A redução nos estoques de petróleo nos EUA e a retomada da economia em várias partes do globo, com a Europa controlando a covid-19, por exemplo, ajudam a manter apostas de retorno da demanda.

O barril do petróleo WTI para agosto fechou em alta de 2,08%, a US$ 40,65 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para setembro subiu 2,64%, a US$ 43,14 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os futuros de petróleo já iniciaram a sessão em alta, estimulados pelos resultados do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) apontando queda nos estoques acima do esperado, além das notícias sobre avanços em estudos para uma vacina contra covid-19.

O ING afirma que os números do DoE ajudaram bastante o mercado, mas “o grande impulsionador do declínio foi a queda das importações de petróleo, com os volumes da Arábia Saudita começando a cair para níveis mais normais”.

O movimento de alta da commodity acelerou no meio da manhã (horário de Brasília), acompanhando o apetite por ativos de risco no mercado, logo após a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como payroll, que veio melhor do que o esperado e fortaleceu a tese de rápido retorno da demanda por petróleo.

Para Eugen Weinberg, analista do Commerzbank, atualmente, fatores positivos e negativos estão equilibrados no mercado de petróleo, deixando os preços em torno da marca de US$ 40 por barril.

“Prevemos um risco de queda no momento, porque a demanda não está se recuperando tão dinamicamente como se esperava, e a produção não pertencente à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também deve aumentar agora”, alerta Weinberg.

Hoje, a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor, informou que número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos recuou 3 na semana passada, a 185.