Os contratos futuros de petróleo oscilaram entre perdas e ganhos durante a sessão desta quinta-feira, 13, mas fecharam em território positivo. A commodity foi pressionada pelo aumento no número de casos e mortes por coronavírus na China e chegou a cair, mas ganhou força ao longo do dia, com analistas ponderando sobre eventuais novos cortes na oferta para apoiar os preços, enquanto o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) também esteve em foco.

O petróleo WTI para março fechou em alta de 0,49%, a US$ 51,42 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril avançou 0,99%, a US$ 56,34 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O início do dia foi negativo para os contratos, após a China informar um aumento considerável no número de casos e mortes por coronavírus, com uma mudança de metodologia nessa contagem.

Mais tarde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou seus números, além de dizer que o aumento nos casos na China não muda a trajetória do surto.

O petróleo ainda ampliou perdas após o relatório da AIE. A entidade reduziu sua projeção de avanço na demanda global pela commodity em 2020, prevendo piora no primeiro trimestre por causa do coronavírus, mas também notou que houve queda na oferta global em janeiro.

Diante dos impactos da doença que tem epicentro na China para a economia global e a demanda por petróleo especificamente, analistas especulam se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que formam o grupo Opep+, decidirão por mais cortes na oferta para apoiar os preços.

“Nós acreditamos que o cartel de produtores e seus aliados tomarão medidas para conter o excesso de oferta ao cortar mais sua produção – no mais tardar em março – e ao fazer isso levar o preço de volta à direção da marca de US$ 60” o barril do Brent, afirma o Commerzbank em relatório.

A Capital Economics, por sua vez, projeta queda de 10% no consumo da China de petróleo no primeiro trimestre, mas ainda assim acredita que o barril do Brent pode avançar na direção de US$ 75 até o fim deste ano, “conforme a recuperação econômica global volta aos trilhos, o crescimento na produção de petróleo dos EUA desacelera e a produção da Líbia continua parada”, diz a consultoria.