Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 9, revertendo o movimento de queda que perdurou por boa parte da sessão com as incertezas sobre prolongamento de cortes na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de petróleo e aliados (Opep+). O otimismo voltou ao mercado da commodity após um relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês)apontar perspectivas para a estabilização do setor.

O petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,96%, a US$ 38,94 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para agosto avançou 0,93%, a US$ 41,18 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos futuros iniciaram o dia com tendência de baixa, mantendo o recuo de ontem, “em meio a persistentes dúvidas sobre o cumprimento do acordo de cortes de produção entre países da Opep+, mas o tom era atenuado por interrupções na cadeia de suprimento da Líbia”, como aponta Eugen Weinberg, analista do Commerzbank.

O cenário todo se inverteu quando o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) aumentou a projeção para o preço do WTI este ano em 16,7%, a US$ 35,14 o barril. Já a previsão para o Brent subiu 11,4%, a US$ 38,02.

Segundo o ING, o mercado se voltou para o relatório, “onde o foco está em suas estimativas para a produção de petróleo dos EUA”.

Segundo o DoE, a produção americana, que caiu a 11,4 milhões de barris por dia em maio, deve continuar caindo até março de 2021, quando atingirá 10,6 milhões de bpd. Já consumo de petróleo nos EUA somará 18,4 milhões de bpd no terceiro trimestre, 2,3 milhões de bpd a menos que no período de julho a setembro de 2019.