Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta segunda-feira, 15, após reversão da tendência de queda vista em boa parte da sessão. Após nova indicação de que a política acomodatícia do Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve permanecer por um bom tempo, com novas ações de compra de títulos corporativos no mercado secundário americano, os preços da commodity energética se firmaram em território positivo, na esteira da melhora no apetite por risco em geral nos mercados financeiros.

O barril do petróleo WTI para julho fechou em alta de 2,37%, a US$ 37,12 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para agosto subiu 2,56%, a US$ 39,72 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos de petróleo vinham em baixa na sessão de hoje, em meio a sinais de que o coronavírus voltou a ganhar força nos EUA e na China e na esteira de indicadores chineses que ficaram abaixo das expectativas, fatores que comprometem a perspectiva de demanda pela commodity.

Apesar do número de casos também ter aumentado nos EUA, com a covid-19 seguindo para o sul, o diretor do Conselho Econômico da casa Branca, Larry Kudlow afirmou acreditar em uma recuperação em “V” da economia americana. Ele ainda reforçou que o presidente dos EUA, Donald Trump, deseja cortar impostos da folha de pagamentos, como forma de estimular a economia.

No início da tarde, o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Mohammed Faraj Al Mazroui, disse que enxerga sinais muito bons de que a demanda pela commodity está se recuperando. A confiança dos participantes do mercado também foi renovada após o Fed anunciar a compra de títulos corporativos.

Para o Commerzbank, “parece que o mercado recentemente ficou surdo, optando por se concentrar apenas em notícias que apoiam os preços, como a boa disciplina de produção da Opep+ e o declínio da produção de petróleo em outros lugares”, referindo-se ao grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, como a Rússia.