Os contratos futuros de petróleo fecharam a terça-feira, 31, sem sinal único, com foco em alguns sinais positivos da economia da China, mas também em notícias negativas para o equilíbrio do mercado. Nesse contexto, ambos encerraram hoje o pior trimestre de suas histórias e também seu pior mês.

O petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,94%, a US$ 20,48 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 0,26%, a US$ 26,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A recuperação econômica da China, mostrada pelo índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de março, apoiou os contratos no início do dia. Além disso, o mercado ainda reagia à declaração dos presidentes de EUA e Rússia de que ambos concordam sobre a importância da “estabilidade” nos mercados globais de energia.

Os contratos, porém, voltaram a cair após a notícia de que a Saudi Aramco deve cortar preços à mínima em ao menos 20 anos para seus clientes. Mais adiante, ficaram sem sinal único, mas nada que impedisse que registrassem seu pior mês e o pior trimestre.

O WTI perdeu mais de 54% de seu valor ao longo de março e mais de 66% neste trimestre, levando-se em conta os contratos mais negociados. O Brent também perdeu mais da metade de seu valor neste mês, em um quadro de grandes problemas para a demanda, graças à pandemia de coronavírus e à disputa entre produtores que deve significar mais óleo disponível para venda. Na segunda, os contratos haviam atingido mínimas desde 2002, com o WTI chegando a ser negociado abaixo de US$ 20 o barril.

O Julius Baer afirma em relatório a clientes que a fraqueza do petróleo continua, em meio a sinais de que a paralisia econômica “deve durar mais tempo do que alguns esperavam”. O banco acredita que os contratos devem mostrar grande volatilidade no curtíssimo prazo, “seguida por uma lenta recuperação para além dos US$ 30 (o barril do Brent) até meados do ano”.

Já a Oxford Economics projeta que o Brent deve ficar em US$ 33,80 o barril em média em 2020 e em US$ 45,50 o barril em 2021. A consultoria diz esperar uma recuperação da indústria global no segundo semestre, o que deve apoiar a demanda pelo óleo.

*Com informações da Dow Jones Newswires