Os contratos futuros do petróleo subiam, nesta segunda-feira, 25, dia de feriado tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido, o que trouxe liquidez reduzida. Apesar de os investidores manterem no radar crescentes tensões entre EUA e China – que ajudaram a derrubar a commodity na sessão anterior -, o foco nesta segunda continuava a ser o recuo dos novos casos da covid-19 em alguns países importantes economicamente e a reabertura dos mercados, com aumento da demanda pela commodity e cortes na produção.

O petróleo WTI para julho subia 1,41%, a US$ 33,72 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o Brent para agosto (o contrato mais líquido agora) era negociado em alta de 1,46%, a US$ 36,12 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), no fim da tarde, em ambos os casos no pregão eletrônico.

Os contratos futuros de petróleo ampliaram os ganhos ainda pela manhã, com otimismo pela estabilização do mercado com os cortes na produção e a reabertura de economias ao redor do mundo.

Nesta segunda, o Ministério da Energia da Rússia projetou que o setor deve chegar ao equilíbrio entre oferta e demanda até julho. Segundo o governo russo, se não houvesse acordo, a redução na demanda não desapareceria, um declínio caótico na demanda afetaria o país. Segundo fontes, Moscou conseguiu reduzir a produção da commodity em 2 milhões de barris por dia (bpd).

Analista do Commerzbank, Eugen Weinberg explica que a queda nos preços na semana passada teve como gatilho “presumivelmente, a incerteza geral nos mercados financeiros, particularmente no que diz respeito às tensões em torno da China”, o mais importante importador da commodity. No entanto, na semana que se inicia, “é provável que os preços do petróleo continuem a receber bom apoio do lado da oferta: de acordo com a Baker Hughes, que publica dados da atividade de exploração norte-americana desde 1944, a contagem da plataforma de petróleo dos EUA na semana passada caiu 21, para 237 – seu nível mais baixo desde o verão de 2009”, destaca.