Os preços do petróleo operam em queda nesta segunda-feira, com os investidores preocupados com as previsões de menor crescimento na China, além de sinais de que os produtores de petróleo dos EUA seguem acelerando a atividade.

Às 9h20 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para maio recuava 0,61% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 55,56 por barril, enquanto o WTI para abril perdia 0,58% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 53,01 por barril.

Em nota, o Commerzbank da Alemanha disse que o clima do Congresso Nacional do Povo, que começou na China no domingo, foi mais discreto do que nos anos anteriores. Pequim disse que espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,5% este ano, em comparação com 6,7% em 2016.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a expansão da produção de petróleo juntamente com um provável aumento da taxa de juros também está exercendo alguma pressão sobre os preços. Taxas de juros mais elevadas provavelmente impulsionariam o dólar e tornarem commodities denominadas em dólares, como o petróleo, mais caro para detentores de outras moedas.

Os dados semanais mais recentes da empresa de serviços de campo petrolífero Baker Hughes mostraram que o número de plataformas de perfuração de petróleo nos EUA aumentou em sete, para 609. Diante disso, o Departamento de Energia dos EUA prevê que a produção de petróleo do país será de 9 milhões de barris por dia em 2017, acima dos 8,9 milhões de barris por dia no ano anterior.

O número de plataformas em atividade estão crescendo há mais de seis meses e o aumento da atividade produtiva pode ter um impacto na iniciativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de cortar a produção.

“Enquanto os produtores dos EUA acrescentarem mais plataformas de perfuração, a produção de xisto continuará em uma tendência de alta sustentada, aumentando ainda mais a pressão sobre a Opep”, disse Dominick Chirichella, da Energy Management Institute. Fonte: Dow Jones Newswires.