O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira,17, depois que a China elevou o tom com os Estados Unidos e chamou os americanos de “arrogantes” e responsáveis por “sérios revezes” nas negociações bilaterais, ampliando as tensões com o comércio global.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para entrega em junho fechou em queda de 0,17%, cotado a US$ 62,76, mas acumulou alta de 1,78% na semana. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para julho registrou recuo de 0,56%, para US$ 72,21, e ganho de 2,25% na semana.

A escalada das tensões comerciais sino-americanas voltou a elevar as preocupações com o impacto que uma guerra tarifária pode gerar às duas maiores economias do mundo e à demanda de petróleo e fez os contratos futuros do óleo reverterem parte dos ganhos desta semana.

No início da semana, a Arábia Saudita anunciou que oleodutos de petróleo haviam sido atacados e, na quinta-feira, autoridades sauditas acusaram o Irã de ser responsável pelo acontecido. “É provável que este país, Arábia Saudita, veja o Irã ainda mais firmemente na mira de radicais do governo americano”, destacam analistas do Commerzbank.

O banco alemão acrescenta que as relações com o Irã, que ampliaram as tensões no Oriente Médio, devem dominar a reunião que ocorrerá neste fim de semana do Comitê Ministerial de Monitoramento (JMMC) da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). “Desta vez, o encontro do JMMC também será usado para preparar a próxima reunião da Opep+ que reúne membros do cartel e aliados no final de junho”, dizem.

Enquanto o resultado neste final de semana ainda é incerto, fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires apontam que a Opep+ considera flexibilizar os cortes na produção de petróleo, desde que permaneçam ainda dentro dos limites do acordo firmado em dezembro, que estipulava uma redução de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em relação aos níveis de outubro de 2018.