A Petrobras contratou a consultoria de headhunter Korn Ferry para selecionar um novo diretor de Governança e Conformidade. O mandato de João Elek, atualmente no cargo, termina em abril. Ele mesmo pode participar do processo de seleção.

Entretanto, a Petrobras, conforme seu estatuto, tem de contratar uma empresa independente para fazer uma comparação com outros candidatos e, então, escolher um nome. Apesar de já estar em busca de um substituto para o cargo de Elek, a Petrobras guarda o processo a sete chaves.

A Korn Ferry, inclusive, começou a contatar candidatos no final do ano passado. Procurada, a Petrobras não comentou.

Pegou mal
No ano passado, João Elek teve seu nome envolvido em um imbróglio não desejável para um diretor de governança. No fim de 2015, o executivo contratou, sem licitação, pelo valor de R$ 25 milhões, a consultoria Deloitte para prestar serviços para a Petrobras.

Em paralelo, porém, sua filha disputava uma vaga de trabalho na mesma empresa. Elek chegou a ser afastado no cargo após a denúncia de conflito de interesses, mas foi reconduzido por decisão do Conselho de Administração depois de a Comissão de Ética Pública da Presidência da República ter analisado o caso como improcedente.