A Petrobras reafirmou em nota que “é vítima” no processo de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Mais cedo o Tribunal de Contas da União (TCU) indicou que as obras do parque petroquímico geraram perdas de US$ 12,5 bilhões à estatal em decorrência de “gestão temerária caracterizada por decisões desprovidas das cautelas que seriam necessárias ou razoáveis”. Diante da perda, a estatal promete buscar “ressarcimentos na esfera civil”.

Em nota, a Petrobras reafirma “sua condição de vítima nesse processo, clara pelo fato de a companhia não ter obtido nenhum ganho financeiro a partir de eventuais irregularidades e, ao contrário, ter tido prejuízo”. A estatal cita que ser “reconhecida como vítima dos crimes identificados na Operação Lava Jato, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal e pelo próprio ministro relator do processo do Comperj no TCU, Vital do Rêgo”.

A estatal cita ainda que adotou novas medidas da governança e conformidade em 2015, como “a revisão das normas e procedimentos para a gestão de projetos de investimento e contratação de bens e serviços”. “As regras atuais vedam a aprovação de investimentos por um único gestor e exigem a análise prévia dessas propostas por um comitê técnico em que os participantes respondem pessoalmente pelas recomendações feitas à diretoria”, explica a Petrobras. No voto, o ministro do TCU apontou três erros na gestão das obras do Comperj que teriam gerado o prejuízo bilionário à petroleira estatal.