Depois de realizar um diagnóstico comparando suas práticas de governança com outras empresas do setor de petróleo e gás, a Petrobras aprovou mudanças para diminuir o número de reuniões do Conselho de Administração da estatal. Segundo o levantamento, o colegiado da Petrobras se reuniu 57 vezes no ano passado, enquanto as outras empresas do segmento fizeram, em média, oito reuniões em 2017.

A Petrobras informa ainda que os comitês de assessoramento do Conselho de Administração realizaram mais de 200 reuniões no ano passado. A empresa identificou as matérias operacionais e de rotina que estavam sendo levadas ao colegiado e que poderiam passar para outras instâncias, sem comprometer os controles internos. A companhia revisou algumas alçadas para “aumentar a eficiência, agilidade e accountability do processo decisório”.

Segundo a companhia, o Conselho continua responsável pela aprovação final dos principais projetos e matérias estratégicas, como o Plano de Negócios e Gestão, limite anual de endividamento, orçamento métricas de topo, entre outras. A Petrobras cita o exemplo de investimentos acima de US$ 1 bilhão, que obrigatoriamente vão continuar passando pelo colegiado. Mas as decisões técnicas que precedem a aprovação pelo conselho passam a ser responsabilidade da diretoria, após análise de comitês técnicos.

No caso dos desinvestimentos, o limite para aprovação pelo Conselho passou de US$ 20 milhões para US$ 200 milhões. Além disso, qualquer venda que signifique perda de controle ou alienação da participação da companhia no ativo continua sendo de responsabilidade do colegiado.