A Petrobrás reduziu de US$ 20 bilhões para US$ 17 bilhões a projeção de investimento em 2017. Ao detalhar o resultado financeiro do primeiro trimestre, a diretora de Exploração e Produção da petroleira, Solange Guedes, garantiu que os cortes não afetarão a produção de petróleo e gás natural neste ano.

A estatal diz que vai economizar com redução de custo decorrente de ganhos de produtividade e também de negociações com fornecedores. Além disso, o atraso de licenciamentos ambientais acaba influenciando cronograma de projetos. A Petrobrás ainda postergou pagamentos, sem efeitos sobre a produção, segundo a executiva.

“Pagamentos que a Petrobrás se programou para fazer em 2017 não ocorrerão agora”, disse Solange, em teleconferência com analistas de mercado.

Durante a apresentação do resultado financeiro, a estatal também informou os próximos passos do seu programa de venda de ativos: US$ 21 bilhões até o fim do ano que vem. “A gente está trabalhando intensamente e espera ainda no primeiro semestre levar as informações ao mercado sobre cada um dos ativos que vão compor um novo portfólio do programa de desinvestimento”, afirmou o diretor financeiro, Ivan Monteiro.

A revisão do programa foi exigida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como forma de garantir mais transparência ao processo. Segundo o diretor, o trabalho tem sido na identificação de ativos e na melhor maneira de apresentá-los ao mercado.

A Petrobrás já manifestou publicamente que incluiu na lista de desinvestimentos a Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), assim como a BR Distribuidora – ambas envolvidas na Lava Jato. Durante a teleconferência, os executivos da empresa ressaltaram o bom momento da subsidiária de distribuição de combustíveis que será colocada à venda, apesar da retração do consumo interno por conta da crise econômica.

“Estamos implementando um programa de margens na BR”, destacou o diretor de Refino de Gás Natural, Jorge Celestino, complementando que, com uma série de medidas que estão sendo tomadas, a Petrobrás pretende alinhar os ganhos da subsidiária ao das suas concorrentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.