A rede social Clubhouse se tornou a queridinha dos internautas pelo mundo todo. Exclusiva para quem tem aparelho da Apple e disponível apenas para convidados, a plataforma permite salas de conversas ao vivo, apenas por áudio.

A novidade, no entanto, traz uma barreira extra para pessoas que possuem alguns tipos de deficiência, conforme explica a escritora Paula Pfeifer, que tem deficiência auditiva e é líder do projeto Surdos Que Ouvem, em entrevista para a BBC reproduzida pelo G1.

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A falta de acessibilidade das novidades tecnológicas para as pessoas com deficiência é uma das reclamações destes consumidores.

No caso da Clubhouse, além da limitação para pessoas surdas, já que é um aplicativo de voz, a plataforma também tem recebido queixas das pessoas cegas, já que não tem configurações que permitam a utilização de leitores de tela.

Vale lembrar, conforme destaca a BBC, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há cerca de 466 milhões de pessoas com algum nível de deficiência auditiva no mundo.

E levantamento da The Lancet Global Health mostra que 596 milhões de pessoas tinham deficiência visual, sendo 43 milhões de pessoas cegas.