Depois de muito tempo sofrendo com os efeitos colaterais de anticoncepcionais, as mulheres podem finalmente vislumbrar uma alternativa às pílulas. Isso porque cientistas americanos desenvolveram um método contraceptivo à base de anticorpos que impedem a gravidez indesejada.

Com 99% de efetividade em testes com ovelhas, o método consiste em estimular anticorpos que impeçam a movimentação de espermatozoides pelo corpo humano. Embora ainda necessite de avanços e testes em humanos, os cientistas já apontam que pode ser uma novidade saudável às mulheres.

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A ideia é desenvolver anticorpos “caçadores de sêmen”, que amarram os espermatozoides e impedem seu avanço ao ovário – esses anticorpos já existem no corpo humano, mas podem ser aperfeiçoados para uma finalidade de terapia anticoncepcional.

A técnica é segura e não utiliza outros elementos externos e que sejam agressivos à mulher.

“Muitas mulheres correm o risco de gravidez indesejada por causa de contraindicações médicas ou insatisfação com os métodos anticoncepcionais, incluindo efeitos colaterais reais e associados ao uso de hormônios exógenos. Buscamos a entrega de anticorpos monoclonais de ligação ao esperma (mAbs) que podem limitar a mobilidade progressiva dos espermatozoides no trato reprodutivo feminino como uma estratégia para a contracepção”, indica o resumo da pesquisa, que foi publicada em 11 de agosto pela Science Translational Medicine.

Anticoncepcionais hormonais e seus efeitos colaterais

A pílula anticoncepcional consiste em bloquear a ovulação através de hormônios ingeridos oralmente. Ela age no endométrio e aumenta o muco endocervical, o que impede a fecundação do óvulo. Além de impedir a gravidez, esses remédios ajudam no tratamento de hiperandrogenismo (excesso de hormônio masculino), dismenorreia (cólica menstrual), menorragia (excesso de menstrução) e tensão pré-menstrual.

Apesar de ser um fármaco seguro (99% de efetividade) e usado há décadas, há efeitos colaterais e danosos à saúde da mulher.

Veja alguns:

– Dor de cabeça e náuseas
– Alteração do fluxo menstrual
– Aumento de peso;
– Espinhas;
– Alterações de humor;
– Diminuição da libido;
– Sensibilidade mamária
– Aumenta risco de trombose;
– Risco de hipertensão arterial em pílulas que contêm estrogênio em doses acima de 50 mcg.