Um grupo de cientistas da Lawrence Livermore National Laboratory, nos Estados Unidos, deu um passo importante no processo para tornar a fusão nuclear, processo de geração de energia das estrelas, uma fonte de energia viável para a humanidade. Usando um laser gigante, os pesquisadores conseguiram aquecer o combustível de fusão além do calor que injetaram nele, alcançando um fenômeno chamado plasma em chamas.

A energia produzida foi modesta, equivalente a baterias que alimentam detectores de fumaça e outros pequenos dispositivos, mas os experimentos representaram um marco na busca por novas fontes de energia. No estudo, eles conseguiram que um átomo de hidrogênio fosse autoaquecido.

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“Se você quer fazer uma fogueira, você quer que o fogo aqueça o suficiente para que a madeira possa se manter queimando. Esta é uma boa analogia para um plasma em chamas, onde a fusão está começando a se tornar autossustentável”, disse Alex Zylstra, físico experimental do projeto, que faz parte do Departamento de Energia dos EUA.

Os cientistas direcionaram 192 raios de laser em direção a um pequeno alvo contendo uma cápsula com cerca de 2 mm de diâmetro preenchida com combustível de fusão consistindo de um plasma de deutério e trítio – dois isótopos, ou formas, de hidrogênio. Em temperaturas muito altas, o núcleo do deutério e o núcleo do trítio se fundem e a energia é liberada.

Ao contrário da queima de combustíveis fósseis ou do processo das usinas nucleares existentes, a fusão oferece a perspectiva de energia abundante sem poluição, resíduos radioativos ou gases de efeito estufa.